"Elvis conhecia mais músicas de Blues do que a maioria no ramo" - B.B.King

sexta-feira, 14 de março de 2008

Jazz pode explicar de onde vem a criatividade

Inspirados pelas lendárias improvisações de músicos de jazz como Miles Davis e John Coltrane, cientistas estão estudando os cérebros de jazzistas modernos para descobrir de onde vem a criatividade - pense na origem dos sonhos. As experiências não representam apenas uma curiosidade que interessa primordialmente aos fãs do jazz, mas um experimento ousado quanto ao aspecto neurocientífico da música, um campo que está florescendo à medida que os pesquisadores percebem que a música serve como forma de iluminar a maneira pela qual o cérebro trabalha.

A maneira pela qual tocamos e ouvimos música oferece uma janela para a maior parte das funções cognitivas cotidianas, da atenção à emoção e à memória, o que por sua vez poderia ajudar no desenvolvimento de tratamentos para distúrbios cerebrais.

No entanto, a criatividade vem sendo há muito vista como um fenômeno fugaz demais para que se possa medi-la. O Dr. Charles Limb, um saxofonista que se tornou especialista em audição, acredita que a improvisação de jazz ofereça uma ferramenta perfeita para fazê-lo, ao permitir comparações quanto ao que acontece no cérebro de músicos treinados nos momentos em que tocam de memória e o que acontece nos momentos em que improvisam.

"Uma coisa é compor uma musiquinha curta. Outra é compor uma obra-prima, uma obra longa, uma hora inteira de música apresentando idéia após idéia original", explica Limb, professor de otorrinolaringologia na Universidade Johns Hopkins, cujo objetivo mais amplo é ajudar os surdos não só a ouvir como a ouvir música.

Como observar um cérebro sob o efeito do jazz? Por meio de um aparelho de ressonância magnética que mede as alterações no uso de oxigênio pelas diferentes regiões do cérebro à medida que elas executam diferentes tarefas.

Não se pode tocar saxofone ou trompete no interior de um gigantesco imã como uma máquina de tomografia. Por isso, Limb e o Dr. Allen Braun, do Instituto Nacional de Saúde, encarregaram uma empresa de produzir um teclado especial de gesso que se encaixasse no espaço apertado da máquina e não apresentasse componentes metálicos prejudiciais.

Depois, eles mediram as reações de seis pianistas profissionais de jazz, que tiveram sua atividade cerebral medida pela máquina enquanto tocavam de memória e enquanto improvisavam. Os músicos executaram, com a mão direita, tanto uma escala simples em Dó quanto uma canção em ritmo de blues composta por Limb e batizada, apropriadamente, como Magnetism. Por meio de fones de ouvido, os músicos ouviam um acompanhamento pré-gravado por um quarteto de jazz, como forma de simular uma apresentação real.

Desenvolver criatividade emprega os mesmos circuitos cerebrais cujas atividades Braun havia mensurado durante os sonhos. Primeiro, os mecanismos de inibição são desativados. Os cientistas observaram a região do cérebro que centraliza os mecanismos de autocontrole, o córtex pré-frontal dorsolateral, e as atividades dele foram suprimidas.

Depois, as atividades de auto-expressão começaram a se desenvolver. Uma área menor, conhecida como córtex pré-frontal medial, foi ativada, o que representa uma das descobertas cruciais de pesquisas anteriores de Braun sobre como as formas de linguagem vinculam essa região à narração de histórias autobiográficas. A improvisação de jazz, nesse sentido, produz um estilo de expressão tão individual que os observadores muitas vezes o descrevem como uma história musical pessoal.

O mais intrigante é que os músicos também demonstravam maior sensibilidade sensória. As regiões envolvidas com o tato, a audição e a visão também se ativaram durante a improvisação, ainda que nenhum dos músicos tivesse apalpado ou visto algo de diferente, e que os únicos sons novos fossem os que eles estavam criando.

Isso não significa necessariamente que a área em questão seja o centro da criatividade. Os cérebros de músicos altamente treinados podem funcionar diferente do cérebro de um pianista amador ou de um escritor, uma hipótese que Limb e Braun planejam testar em seguida.

"Somos todos criativos, a cada dia. Será que nossos cérebros estão fazendo as mesmas coisas"?, pergunta Braun, que estuda a relação entre a música e a linguagem no Instituto Nacional da Surdez e Outros Distúrbios de Comunicação, parte do Instituto Nacional de Saúde.

A maior importância do estudo não está no que ele constatou, mas sim no fato de que tenha sido possível realizá-lo, o que abre novos caminhos para a pesquisa cerebral. "A improvisação sempre tem algo de mágico a ela associado", diz o Dr. Robert Zatorre, do Instituto Neurológico de Montreal, um pioneiro na pesquisa da neurociência da música e organista clássico. "Eles abriram um caminho que outros temiam percorrer".

Os neurocientistas atribuem plasticidade ao cérebro, o que significa que ele tem uma flexibilidade notável no que tange a se reorganizar. Determinar como esses circuitos podem ser modificados ajudaria os pesquisadores a desenvolver tratamentos para distúrbios cerebrais - e os mesmos circuitos que processam música mostram forte relacionamento com outras regiões importantes do cérebro.

Estudos demonstram que pacientes que estejam reaprendendo a falar depois de um derrame podem melhorar mais rápido caso cantem, em lugar de recitar, por exemplo. A equipe de Zatorre vem encontrando paralelos entre a incapacidade de distinguir tons e a dislexia, uma deficiência de aprendizado e leitura.

A criatividade ganhou importância nessas pesquisas porque está enraizada na espontaneidade da vida cotidiana. Um exemplo é a conversa: Limb quer registrar imagens de cérebros de músicos envolvidos em improvisos seqüenciais - alguém sola por quatro compassos, o colega responde por tempo igual - como paralelo para a conversa verbal.

E não, o pesquisador não acredita que a música possa perder sua magia caso sua lógica cerebral seja determinada. "É como saber por que um avião voa. O efeito continua a ser mágico", diz.

Lauren Neergaard - AP

quinta-feira, 13 de março de 2008

A voz que nunca se calou

Em 1922 nasciam os gêmeos Elvis e Jesse, que infelizmente veio ao mundo sem vida. A família Presley pertencia a Primeira Assembléia de Deus (pois é, Elvis era penteca. Ninguém é perfeito! rs), foi ali o primeiro contato de Elvis com a música Gospel.

Dono de uma voz fenomenal com apenas 10 anos de idade consegue o primeiro lugar em um concurso.
Se formou na escola e trabalhou por um tempo como motorista de caminhão, pagou apenas 4 dólares para gravar duas músicas.

Mais tarde retorna à gravadora e canta mais duas músicas. Sam Phillips dono da gravadora necessita uma pessoa para gravar "Without You" e convida Elvis. Elvis grava pela Sun Records clássicos do Rock como "That's All Right Mama" e "Good Rocking Tonight". Para muitos o começo de tudo.

Em agosto de 1955 Elvis assinava contrato Coronel Parker que seria seu empresário até o fim de sua vida. O primeiro disco foi gravado em 1956, daí em diante sua carreira torna-se uma verdadeira explosão. Dominou o mercado fonográfico por anos, conquistando sempre o primeiro lugar das paradas.

O ano de 1977 ficaria para sempre na memória das pessoas com o lançamento de seu último disco. A saúde de Elvis estava debilitada devido a uma série de fatores físicos e emocionais o que motivou a elaboração do testamento já no início de 1977. Estava com 42 anos, cedo para um testamento, mas talvez pressentisse que sua hora estava chegando. Vinha sendo alvo constante da mídia devido a sua forma física, algo que o incomodava, mas nada o tirava tanto do sério quando o acusavam de "drogado". Nenhuma droga ilegal foi encontrada em seu corpo na autópsia, apenas remédios receitados pelo seu médico Dr Nick. O problema foi o uso contínuo desses medicamentos e as grandes quantidades ingeridas de uma única vez. O próprio Dr. Nick foi processado mais tarde devido este procedimento médico. A hipótese de uma "overdose" foi descartada, pois o que Elvis tomou na madrugada de 16 de agosto, era o que tomava no seu dia a dia. O coração estava inchado segundo os legistas, motivo que gerou a parada cardíaca fulminante. Os motivos que levaram a morte de Elvis foi algo explorado a exaustão nos Estados Unidos e muita mentira foi dita então. A morte de ídolos do Rock motivada pelas drogas estava em evidência devido os desaparecimentos de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrisson. Com isso a morte de Elvis foi associada pelos mesmos motivos em algumas revistas e jornais.

Elvis passava por inúmeras doenças em seus últimos anos, sua insônia lhe obrigava a trocar o dia pela noite, tinha problemas intestinais, depressão, lutava para perder peso com o uso de medicamentos, vivia uma rotina estressante de muitas viagens e shows (chegando a fazer 3 shows por dia), algo que pode ser percebido em seu último Especial de TV.

A alma e a jovialidade do ídolo ainda estão presentes nos dias atuais, com a criação da internet sua voz voltou a viver e novamente volta ao topo das paradas, como aconteceu recentemente na Europa.

Elvis ganhou vida eterna e sua lembrança ficará por séculos na memória de seus velhos e novos fãs que só aumentam a cada dia.

(procuro o autor)

quarta-feira, 12 de março de 2008

30 Fatos que Ainda não Sabe sobre Elvis

São 30 factos, pequenas curiosidades ou idiossincrasias. Uma por cada ano que passou desde a morte de Elvis Presley, a 16 de Agosto de 1977. Recorrendo a várias fontes - nomeadamente à Internet Movie Database (IMDB), ao jornal The Independent e a vários artigos da Wikipedia (entre eles a especializadíssima subsecção ElvisPedia) -, quisemos construir um retrato em fragmentos do cantor.

1 Gémeo. O irmão gémeo, Jesse Garon Presley, morreu no parto. Elvis nasceu 35 minutos depois.

2 Religião. Elvis usava ao pescoço um fio com o símbolo hebraico Chai ("viver") e uma estrela de David. Explicação? "Não quero deixar de entrar no Paraíso por uma questão técnica", dizia.

3 Equipa. Os colaboradores mais próximos eram conhecidos como "Mafia de Memphis" e Elvis deu a todos eles anéis iguais, em ouro e diamantes. Tinham um relâmpago e as letras TCB, que supostamente queriam dizer "Take Care of Business" (toma conta do negócio). O próprio "Rei" foi sepultado com um anel desses no dedo.

4 Armas. Era um ávido coleccionador de armas e distintivos. Este ano, a empresa America Remembers lançou uma edição especial do "Elvis Presley TCB Tribute Revolver", um Smith & Wesson de calibre 35, em ouro de 24 quilates e decorado com uma foto do "Rei" e o desenho de um relâmpago.

5 Pneus. Elvis gostava de auxiliar pessoas que tinham furos a mudar os pneus. Várias foram as vezes em que mandou parar o carro na rua ou na estrada, para ir ajudar perfeitos estranhos a trocarem pneus.

6 Padrinho. Sonhava interpretar o papel de Don Vito Corleone no filme O Padrinho, de Francis Ford Coppola. Elvis nunca foi chamado para as audições e a personagem acabou por ser entregue a Marlon Brando.

7 Penteado. Disse um dia que se inspirou no cabelo do actor Robert Mitchum para criar o seu famoso penteado. Conheceram-se para discutir a possibilidade de interpretarem juntos o filme Thunder Road (1958), mas - como sucedeu com tantos outros papéis - o "coronel" Tom Parker, seu manager, impediu a concretização dos planos.

8 Filmes. Era fã de James Dean e da personagem Dirty Harry. Os seus filmes favoritos eram Rebelde sem Causa (1955), Um Eléctrico Chamado Desejo (1951) e A Fúria da Razão (1971).

9 Pernas. Segundo um dos seus amigos, o modo como mexia as pernas ao dançar foi inspirado em 'Big Chief' Wetherington, cantor do grupo gospel The Statesmen, que Elvis idolatrava na sua juventude.

10 Caso. Teve um breve caso com a modelo e actriz Ann-Margret, enquanto filmavam Viva Las Vegas, em 1964. A partir daí, sempre que ela actuava em Las Vegas, o cantor mandava-lhe flores no formato de uma guitarra.

11 Beatles. Em 1965, a única pessoa que os Beatles queriam conhecer nos EUA era Elvis. Encontraram-se e passaram uma tarde agradável. Os Fab Four eram grandes fãs dele. Cinco anos depois, Elvis disse ao presidente Nixon que eles eram "muito antiamericanos" por consumirem drogas e protestarem contra a Guerra do Vietname. Sugeriu mesmo que fossem proibidos de entrar nos EUA.

12 Peso. Em 1960, depois de sair do exército, pesava 77 quilos e nunca esteve tão magro.Quando morreu, tinha chegado aos 118 quilos.

13 Banana. Receita da sanduíche favorita de Elvis: barrar uma fatia de pão com manteiga de amendoim e outra fatia de pão com uma banana esmagada. Juntar as duas. Aquecer gordura de bacon numa frigideira e tostar de ambos os lados.

14 Televisão. Elvis: Aloha From Hawaii, gravação do concerto de 1973 no Centro de Convenções de Honolulu, foi o primeiro programa televisivo a ser transmitido mundialmente por satélite. Teve mais espectadores do que a caminhada de Neil Armstrong na Lua.

15 Nixon. A 21 de Dezembro de 1970, foi recebido na Casa Branca pelo presidente Richard Nixon. Elvis tinha-lhe enviado uma carta de seis páginas a pedir o encontro e a sugerir a sua nomeação para agente federal honorário da Brigada de Narcóticos.

16 Canto. No final de um concerto nos anos 50, um cantor de ópera foi ter com ele aos bastidores e disse-lhe que cantava como um saloio e precisava de aulas de canto. "Obrigado pelo conselho, mas quantos desses milhares de pessoas que estão aí fora vieram para o ouvir?", respondeu-lhe Elvis.

17 Recorde. Em Março de 1974, no Houston Astrodome, o cantor bateu o recorde de público num só dia: as duas actuações foram vistas por 89 mil fãs.

18 Vendas. Estima-se que em todo o mundo se venderam 1,8 mil milhões de discos de Elvis, mais do que qualquer outro artista ou banda (estima-se que já tenha ultrapassado mais de 2 bilhões).

19 Conta. Quando morreu, a sua conta bancária estava estimada em cinco milhões de dólares (3,68 milhões de euros, ao câmbio actual).

20 Fogo. Quanto mais perigosos, mais gostava dos jogos. Um dos seus preferidos era o chamado Whip. Elvis e a "Mafia de Memphis" vestiam fatos da Força Aérea, luvas e capacetes. Dividiam-se em duas equipas e atiravam fogo-de-artifício uns aos outros. Foi assim que o cantor ficou com uma cicatriz no pescoço e que um dos seus amigos quase perdeu um olho.

21 Estrangeiro. Só actuou duas vezes fora dos EUA, ambas no Canadá. A sua primeira digressão europeia estava a ser agendada para 1978.

22 Brilhantes. Depois de o ver em concerto, o pianistakitsch Liberace sugeriu-lhe que passasse a usar fatos mais vistosos. Elvis passou a vestir casacos dourados de lamé e fatos brancos cravejados de pedras coloridas, e reservava sempre lugar para Liberace na plateia.

23 Patriotismo. No início dos anos 60, Elvis Presley deu um concerto no Havai e doou os royalties para ajudar a construir o memorial do USS Arizona, um dos navios afundados durante o ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941.

24 Música. Elvis gravou mais de 600 canções, mas nunca escreveu nenhuma delas.

25 Filmes. Entrou em 31 filmes e dois documentários musicais.

26 Antepassados. Elvis descendia de índios cherokee e do tetravô do presidente Abraham Lincoln. E era também primo afastado do presidente Jimmy Carter.

27 Chimpanzé. No início da década de 60, arranjou um chimpanzé chamado Scatter, que tinha pertencido a um artista que trabalhava em festas para crianças. O chimpanzé sabia fazer muitos truques e gostava de levantar as saias das mulheres. Uma das partidas favoritas do cantor era juntar as suas amigas em casa e soltar Scatter no meio delas.

28 Casa. Comprou a mansão de Graceland, no Tennessee, a 19 de Março de 1965, por 102 500 dólares. Tem 23 quartos e 55 hectares de terreno. É ali que Elvis está sepultado e, actualmente, Graceland é a segunda residência mais visitada nos EUA, depois da Casa Branca.

29 Livro. Na altura da sua morte, estava a ler The Scientific Search for the Face of Jesus, de Frank O. Adams, editado pela Physical Aid Foundation em 1972.

30 Cinema. Na véspera de morrer, Elvis tentou arranjar uma cópia do filme Guerra das Estrelas para mostrar à sua filha, Lisa Marie.

Eurico de Barros e Paula Lobo

quinta-feira, 6 de março de 2008

A testemunha

O patologista Raul Lamim afirma que o ídolo do rock abusou dos remédios para dormir.

Elvis Presley é tão querido que, 30 anos depois de sua morte, verdadeira legião de fãs reluta em aceitar o silêncio definitivo do cantor, que se consagrou como um dos maiores nomes do rock. O fenômeno pop vendeu nada menos de 100 milhões de discos. Em pleno século 21, é comum admiradores de todas as partes do mundo - especialmente dos Estados Unidos - jurarem tê-lo visto andando por aí.

Para o médico patologista mineiro Raul Lamim, o bordão "Elvis não morreu" só pode ser fruto do carinho desmedido dos fãs. E há um bom motivo para isso: formado em 1970 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Lamim não tem dúvida de que o ídolo partiu mesmo para o além. Foi ele quem fez a autópsia do corpo do músico.

Aprovado em concurso promovido pela embaixada norte-americana, Raul era residente sênior em patologia do Baptist Memorial Hospital, de Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos. Deveria fazer quatro plantões por ano na especialidade. O primeiro foi exatamente em 16 de agosto de 1977, dia em que Elvis morreu, aos 42 anos. "Eram aproximadamente 16h. Já estava indo pegar o bipe para assumir o plantão noturno em casa", conta ele. Naquele instante, Lamim percebeu burburinho diferente em um dos acessos ao hospital, vinculado à universidade do estado do Tennessee.

Pensou se tratar de caso de rotina, até ser comunicado de que Elvis Presley, morador de Memphis desde 1948, havia morrido. "Achei que fosse brincadeira, mas o corpo já estava na mesa de necropsia", lembra. O mineiro, então, entrou em contato com o staff do hospital. Ele e o médico Thomas Mc Cheney iniciaram os procedimentos. "Abrimos o corpo completamente e examinamos todos os órgãos", descreve o professor da UFJF e integrante da equipe do Serviço de Anatomia e Patologia (SAP) da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.

"Ele morreu asfixiado", garante o patologista mineiro. Lamim explica que sinais detectados no corpo o levaram a essa conclusão - entre eles, cianose da cintura para cima e boca entreaberta, com a língua para fora. Elvis Presley foi encontrado com o rosto voltado para o chão sobre o carpete do banheiro da mansão Graceland, atualmente o segundo ponto turístico mais visitado dos Estados Unidos (atrás apenas da Casa Branca). Lamim lembra que Elvis usava soníferos e, provavelmente, teria abusado de remédios. "As drogas para dormir interagem entre si. Algumas levam ao sono profundo", esclarece.

O patologista ressalta que o músico viajou por mais de nove meses em turnê. "Segundo consta, ele estava cansado e deprimido. Depois da separação de Priscilla Ann Beaulieu, em 1972, Elvis chegou a ser hospitalizado em 1973, 1975 e 1977. O doutor Lamim condena qualquer especulação que atribua a morte do cantor ao uso de drogas ilícitas: "Ele nunca fez uso desse tipo de droga. Vi os registros médicos".

Lamim é citado quatro vezes no polêmico The death of Elvis Presley - What really happened (A morte de Elvis Presley - O que realmente ocorreu), lançado em 1991 pelos jornalistas norte-americanos Charles Thompson e James Cole. Os autores levantam várias hipóteses para o "misterioso" desaparecimento do cantor. O professor da UFJF tem várias restrições ao livro, que classifica como sensacionalista. "Inventaram que havia mais um médico, mas apenas dois fizeram a necropsia", salienta.

Ricardo Beghini - Fernando Souza/Especial para o EM - MGM/AP

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"O Blues não é nada além de um bom homem se sentindo mal"

“Muitas pessoas se perguntam ‘O que é o blues?’ Eu escuto muita gente falando ‘O blues.. O blues…’ Mas eu vou vos dizer o que o blues é. Quando você não tem dinheiro, você tem o blues. Quando você não tem dinheiro para pagar o aluguel de sua casa, você ainda tem o blues. Muitas pessoas saem falando ‘Eu não gosto de blues’ mas quando você não tem dinheiro, não pode pagar o aluguel de sua casa e não pode comprar comida, você com certeza tem o blues. Se você não tem dinheiro, você tem o blues, porque pensa maldosamente. Isso mesmo. Toda vez que você pensa maldosamente, você está pensando no blues." Howling Wolf

"As pessoas costumam me perguntar onde surgiu o Blues, e tudo o que posso dizer é que quando eu era rapaz, sempre estávamos cantando nos campos. Na verdade não cantávamos, você sabe, gritávamos, mas inventamos as nossas canções sobre coisas que estavam acontecendo conosco naquele momento e acho que foi assim que começou o Blues." Son House

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